Será que você realmente precisa tomar vitamina D todo dia ou está seguindo uma moda? Conheça os principais falta de vitamina D sintomas e saiba quando suplementar com segurança.
Nos últimos anos, a vitamina D virou uma das estrelas quando o assunto é saúde e bem-estar. Dá para encontrar cápsulas de vitamina D 1000 UI, 2000 UI, 5000 UI, versões em gotas, líquidas e até combinadas com cálcio ou magnésio. As farmácias do Brasil estão cheias de opções!
Mas será que todo mundo precisa tomar suplementação de vitamina D? Ou é só mais uma daquelas modas fitness que pegam e depois percebemos que foi exagero?
A falta dessa vitamina — a chamada vitamina D baixa — realmente pode trazer consequências sérias: dores nos ossos, enfraquecimento muscular, baixa imunidade e até impacto no humor. Por outro lado, o excesso de vitamina D também pode ser perigoso, causando sobrecarga nos rins, aumento do cálcio no sangue e outros problemas silenciosos.
Por isso, antes de sair se entupindo de cápsulas, é fundamental entender quando suplementar, quais são os sintomas da falta de vitamina D, como saber se a sua está baixa (ou alta demais) e quais são as formas naturais de manter bons níveis. É exatamente isso que você vai descobrir neste artigo completo.

O que é a vitamina D e por que ela é tão importante?
A vitamina D não é apenas uma vitamina simples; na verdade, ela funciona como um hormônio no nosso corpo. Diferente das outras vitaminas, ela pode ser produzida pelo organismo quando nossa pele é exposta ao sol — daí vem o apelido de “vitamina do sol”.
Principais funções da vitamina D
- Saúde dos ossos: ajuda na absorção de cálcio, prevenindo osteopenia e osteoporose.
- Imunidade: atua no sistema imunológico, reduzindo chances de infecções.
- Músculos e energia: auxilia no funcionamento muscular, evitando fraqueza e fadiga.
- Cérebro e humor: há cada vez mais estudos relacionando a vitamina D e saúde mental, como melhora do humor e até diminuição de sintomas de depressão.
- Proteção contra doenças crônicas: pesquisas mostram relação da vitamina D com menor risco de doenças autoimunes, diabetes tipo 2 e até alguns tipos de câncer (embora os estudos ainda estejam em andamento).
Ou seja, sim, a vitamina D é essencial. Mas isso não significa que “quanto mais, melhor”.
Vitamina D no Brasil: será que falta mesmo?
Você pode estar pensando: “Mas moro num país tropical! Como posso ter falta de vitamina D?”.
E a verdade é que, mesmo no Brasil, a deficiência de vitamina D é bem comum. Isso porque:
- Muitas pessoas usam protetor solar diariamente (o que bloqueia a produção da vitamina).
- O estilo de vida moderno faz a maioria passar a maior parte do dia em locais fechados, sem contato com o sol.
- Algumas regiões, como o Sul e Sudeste, têm meses do ano com menor incidência solar.
- Idosos, gestantes e pessoas com pele mais escura também têm maior risco de falta de vitamina D.
De acordo com estimativas médicas, cerca de 60% da população brasileira apresenta níveis insuficientes de vitamina D no sangue. E aí, quando o exame mostra valores baixos, vem a grande questão: qual a dose ideal de vitamina D para recuperar os níveis?
Leia também: Deficiência de Vitaminas – Sintomas, Causas e Como Evitar
Falta de vitamina D sintomas (deficiência de vitamina D): como o corpo dá sinais de alerta
A deficiência de vitamina D pode ser silenciosa. Muitas mulheres passam anos sem perceber que o cansaço, a queda de cabelo ou até aquela dorzinha nos ossos podem estar ligados à vitamina D baixa.
O problema é que os sintomas costumam ser confundidos com outras condições do dia a dia — por exemplo: estresse, má alimentação ou até envelhecimento natural. Por isso, é fundamental conhecer os principais sinais.
Sintomas mais comuns da vitamina D baixa
- Cansaço excessivo e constante, mesmo dormindo bem.
- Fraqueza muscular, dificuldade em realizar atividades físicas ou subir escadas.
- Dores nos ossos e articulações, que podem ser confundidas com artrite ou simples má postura.
- Queda de cabelo e unhas fracas.
- Baixa imunidade, com resfriados e gripes frequentes.
- Mudanças de humor, incluindo irritabilidade, ansiedade e até sintomas de depressão.
- Problemas no sono, como insônia ou sono agitado.
Sintomas da falta de vitamina D em mulheres
Para as mulheres, a deficiência tem impacto especial na saúde óssea e na fertilidade:
- Risco maior de osteoporose após a menopausa.
- Possível influência negativa na regulação hormonal.
- Maior risco de síndrome dos ovários policísticos (SOP), segundo alguns estudos.
Sintomas da falta de vitamina D em idosos
Nos idosos, a suplementação de vitamina D costuma ser ainda mais necessária. Os sinais incluem:
- Enfraquecimento muscular, aumentando o risco de quedas.
- Osteopenia e osteoporose, levando a fraturas mais graves.
- Comprometimento no sistema imunológico, deixando-os mais vulneráveis a infecções.
Sintomas em crianças e gestantes
- Crianças: deficiência pode causar raquitismo (deformações ósseas) e atraso no crescimento.
- Gestantes: aumenta o risco de pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e impacto no desenvolvimento ósseo do bebê.

Exame de vitamina D: quando e como fazer?
A única forma 100% segura de saber se você precisa suplementar vitamina D é fazendo o exame de sangue. Esse exame mede a quantidade da forma ativa da vitamina (25-hidroxivitamina D) no sangue.
Valores de referência na dosagem sanguínea:
- Vitamina D baixa: abaixo de 20 ng/mL.
- Insuficiência: entre 20 e 30 ng/mL.
- Nível ideal/adequado: entre 30 e 60 ng/mL.
- Vitamina D alta/demais: acima de 100 ng/mL (pode causar intoxicação).
No Brasil, muitos médicos já consideram valores entre 40 e 60 ng/mL como mais adequados para manter imunidade e saúde óssea.
Atenção: não adianta sair comprando suplemento sem consultar um médico. Apenas os exames podem confirmar se você precisa ou não de reposição.
Vitamina D natural: como aumentar os níveis sem suplementos
Nem todo mundo vai precisar tomar cápsulas ou gotas. Muitas vezes é possível aumentar a vitamina D naturalmente.
1. Sol: a principal fonte
- O corpo produz vitamina D quando a pele é exposta ao sol da manhã (até 10h) ou no fim da tarde (após 16h).
- Em média, 15 a 20 minutos de exposição solar por dia, 3 a 4 vezes por semana, já ajudam bastante.
- Regiões como o Nordeste têm mais facilidade; já no Sul, o tempo reduzido de sol no inverno pode tornar mais difícil atingir bons níveis.
2. Alimentos ricos em vitamina D
Embora nenhum alimento sozinho seja capaz de garantir os níveis ideais, alguns são boas fontes:
- Peixes de água fria: salmão, sardinha, cavala.
- Óleo de fígado de bacalhau (um clássico suplemento natural rico em vitamina D).
- Ovos (gema).
- Leite e derivados fortificados.
- Cogumelos expostos ao sol (sim, até eles produzem um tipo de vitamina D).

Veja também: Nutrição e saúde da mulher – Quais são os benefícios de uma alimentação saudável
Suplementação de Vitamina D: quando realmente é necessária?
Muita gente pensa: “Se vitamina D é boa, por que não tomar logo todo dia?”.
A verdade é que nem sempre o corpo precisa de suplementação. Em vários casos, uma boa exposição solar e ajustes na alimentação já resolvem.
Mas algumas situações realmente exigem a reposição em cápsulas ou gotas:
Quem mais precisa suplementar vitamina D?
- Pessoas com níveis baixos confirmados no exame de sangue.
- Idosos, já que a pele deles tem menor capacidade de sintetizar a vitamina.
- Pessoas com pouca exposição ao sol (quem trabalha em escritório, por exemplo).
- Pessoas de pele mais escura (a melanina dificulta a produção da vitamina).
- Gestantes, lactantes e crianças em crescimento.
- Pessoas com doenças crônicas (como doenças autoimunes, obesidade, diabetes).
Ou seja: a suplementação não deve ser para todos, mas sim direcionada a grupos de risco ou em caso de deficiência confirmada.
Doses mais comuns: 1000 UI, 2000 UI e 5000 UI
A suplementação é medida em UI (Unidades Internacionais).
Nas farmácias brasileiras você encontra facilmente frascos com:
- Vitamina D 1000 UI: indicada em casos leves de insuficiência ou como dose de manutenção.
- Vitamina D 2000 UI: geralmente usada para quem já tem deficiência confirmada.
- Vitamina D 5000 UI (ou mais): necessária apenas em casos de deficiência severa, sempre sob prescrição médica.
É importante entender que dose não é igual para todos.
Um idoso pode precisar de mais, enquanto uma mulher jovem e saudável pode manter bons níveis apenas com 1000 UI ou até sem suplemento, só com sol e alimentação.
Qual é a dose diária ideal de vitamina D?
De acordo com recomendações internacionais e brasileiras:
- Adultos saudáveis: de 600 a 2000 UI/dia podem ser suficientes na maioria dos casos.
- Idosos: geralmente entre 1000 e 2000 UI/dia.
- Gestantes e lactantes: também em torno de 1000 a 2000 UI/dia (ajuste médico pode ser necessário).
- Deficiência severa: pode exigir doses maiores, mas sempre com acompanhamento.
Jamais aumente a dose por conta própria. Vitamina D em excesso não sai do organismo na urina (como a vitamina C, por exemplo). Ela fica armazenada na gordura e pode causar intoxicação.
Riscos da vitamina D em excesso – Hipervitaminose D
Sim, vitamina D demais faz mal!
O que pode acontecer se você toma sem necessidade, em doses altas por muito tempo:
- Hipercalcemia (cálcio demais no sangue).
- Formação de cálculos renais (pedra nos rins).
- Náuseas, vômitos e fraqueza.
- Problemas no coração e no fígado.
Por isso, se você está tomando vitamina D 5000 UI todos os dias sem acompanhamento, cuidado! Essa dose costuma ser usada apenas em reposições temporárias, nunca como rotina eterna.

Tipos de suplementação de vitamina D
Na hora de comprar, você vai encontrar várias opções nas farmácias. Aqui vai um guia rápido:
1. Vitamina D em cápsulas
- Muito comum, prática e barata.
- Geralmente encontrada em 1000 UI ou 2000 UI.
- Absorção boa quando tomada junto com refeições que contenham gordura (já que a vitamina D é lipossolúvel).
2. Vitamina D líquida ou em gotas
- Ideal para crianças, idosos e pessoas com dificuldade de engolir cápsulas.
- Mais fácil de ajustar a dose (você conta as gotinhas).
- Normalmente vendida em concentrações maiores (ex: 1 gota = 1000 UI).
3. Vitamina D em combinações
- Vitamina D + cálcio: muito usada para fortalecimento dos ossos, principalmente em mulheres no pós-menopausa.
- Vitamina D + magnésio: o magnésio ajuda na ativação da vitamina D no corpo.
- Vitamina D + K2: combinação que vem ganhando espaço porque a vitamina K2 ajuda o cálcio a ir para os ossos, e não se acumular nas artérias.
Vitamina D e cálcio: dupla essencial para os ossos
A dupla vitamina D + cálcio é velha conhecida dos médicos.
Enquanto a vitamina D ajuda na absorção do cálcio, o cálcio é o bloco de construção dos ossos.
Por isso, mulheres após os 40 anos (e especialmente após a menopausa) geralmente precisam de uma atenção maior nessa combinação, para prevenir perda óssea e osteoporose.
Vitamina D e imunidade: mito ou verdade?
Um dos motivos de tanta procura pela suplementação foi durante a pandemia de Covid-19, quando muitos estudos mostraram que pessoas com vitamina D baixa tinham maiores riscos de complicações.
Hoje, já se sabe que a vitamina D:
- Fortalece a imunidade inata (a primeira linha de defesa do corpo).
- Reduz o risco de infecções respiratórias.
- Ajuda no equilíbrio do sistema imunológico, prevenindo inflamações exageradas.
Ou seja: além de ajudar nos ossos, a vitamina D tem um impacto direto na saúde do sistema imunológico.
Vitamina D para grupos específicos: o que cada público precisa saber
Nem todo mundo precisa da mesma quantidade de vitamina D. Vamos ver os principais grupos:
Mulheres
- A partir dos 30 anos, já vale ficar de olho, porque a saúde óssea começa a ser construída para o futuro.
- No climatério e na menopausa, a queda de estrogênio aumenta o risco de osteoporose. Nessa fase, a associação de vitamina D + cálcio costuma ser mais indicada.
- Além disso, a vitamina D pode ajudar no equilíbrio hormonal e na saúde mental, reduzindo sintomas como fadiga e alterações de humor.
Idosos
- Por terem menos exposição solar, além da pele produzir menos vitamina D, os idosos são um dos grupos que mais sofrem com a deficiência.
- A suplementação ajuda a:
- Prevenir quedas (fortalecendo músculos).
- Reduzir risco de fraturas.
- Melhorar a imunidade.
Gestantes e lactantes
- Durante a gestação, a vitamina D auxilia no desenvolvimento ósseo do bebê.
- Também está ligada à prevenção de complicações como pré-eclâmpsia e diabetes gestacional.
- Já no período de amamentação, ajuda a garantir níveis adequados para a mãe e transferência de nutrientes para o bebê.
Crianças
- A deficiência de vitamina D pode levar ao raquitismo (ossos enfraquecidos e deformados).
- O Ministério da Saúde recomenda suplementação já nos primeiros anos de vida em alguns casos, especialmente se não houver exposição adequada ao sol.
Vitamina D e saúde mental: existe relação?
Sim! Pesquisas cada vez mais indicam uma ligação entre vitamina D e depressão.
Níveis baixos estão associados a maior risco de:
- Depressão.
- Ansiedade.
- Alterações no sono.
Isso não significa que vitamina D funciona como antidepressivo, mas pode ser um fator de proteção importante, ajudando a equilibrar neurotransmissores ligados ao humor.
Vitamina D e Covid-19: o que a ciência mostrou?
Durante a pandemia, estudos observaram que pacientes com deficiência de vitamina D tinham evolução mais grave da Covid-19.
Embora a suplementação não seja uma “cura”, a vitamina D mostrou papel em:
- Reduzir riscos de complicações respiratórias.
- Apoiar o sistema imunológico.
Hoje, a recomendação é: manter níveis adequados (30–60 ng/mL) como medida preventiva de saúde geral.
Conclusão: o que você precisa levar deste guia
- A vitamina D é essencial para ossos fortes, imunidade e até saúde mental.
- Falta de vitamina D é comum no Brasil, mesmo sendo um país tropical.
- Os sintomas vão de cansaço, imunidade baixa e dores nos ossos até problemas mais sérios, como osteoporose.
- O exame de sangue é a única forma segura de avaliar a necessidade de suplementação.
- 1000 UI, 2000 UI, 5000 UI: cada dosagem tem sua indicação — e tomar por conta própria pode ser arriscado.
- O excesso pode prejudicar os rins e causar acúmulo de cálcio no sangue.
- Sempre converse com seu médico antes de iniciar a suplementação.
Vitamina não é moda, é saúde! O segredo está no equilíbrio e na individualidade.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre Vitamina D
1. Preciso tomar vitamina D todos os dias?
Nem sempre. Se seus exames mostrarem níveis adequados, pode ser que apenas sol e alimentação já sejam suficientes.
2. Qual horário é melhor para tomar vitamina D?
O ideal é junto com as principais refeições do dia, de preferência aquelas que tenham gordura boa (como abacate, azeite ou castanhas), já que a vitamina D é lipossolúvel.
3. Vitamina D engorda?
Não. A vitamina D não contém calorias significativas. O que pode acontecer é melhorar o metabolismo e equilíbrio hormonal, ajudando até no controle de peso.
Participe!
E você, já fez o exame de vitamina D?
Conta aqui nos comentários se já precisou suplementar e como foi sua experiência.
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